É uma coceira
psicológica que as mais bem-sucedidas, esclarecidas e até mesmo
belas mulheres ainda tendem a coçar: se minha aparência é melhor,
eu sou melhor.
Agora, uma campanha está
tentando convencer as mulheres a se livrarem dessa linha de
pensamento. A “Stop The Beauty Madness” (“Pare com a loucura da
beleza”, em traudução livre) quer que você “sinta um soco no
estômago” ao olhar anúncios tão autenticamente francos, diz sua
criadora, Robin Rice.
A campanha é uma série
de 25 anúncios com mensagens honestas que sublinham a verdadeira
loucura que é criar e cumprir padrões de beleza. Rice, autora e
criadora das produções Be Who You Are (“Seja
quem você é”, em tradução livre), começou a campanha para
desafiar uma crença internalizada de que a beleza de uma mulher
determina seu valor.
Em vez de adicionar tipos
mais diversos de belezas femininas em uma já estreita definição de
beleza, a Stop The Beauty Madness questiona antes
de tudo o valor que colocamos na beleza. “Minha missão é dizer
que, se as mulheres estão tão preocupadas com seu peso e sua
aparência ao ponto em que elas não se impõem mais no mundo, então
estamos perdendo alguns indivíduos realmente extraordinários e
algumas conversas importantes que deveríamos estar tendo”, disse
Rice ao HuffPost. “As mulheres precisam estar ajudando o mundo a ir
para uma direção mais bonita - uma direção genuinamente bonita”.
Beleza, lembra Rice, pode
ser meticulosamente conquistada ou completamente acidental. E, ainda
assim, nós privilegiamos a “beleza sem esforços” sobre o
verdadeiro esforço (e angústia) que requere alcançá-la, enquanto
criticamos aquelas que por acaso são muito magras por sucumbir a
padrões de beleza. “Mesmo se você se encaixar no molde, você se
encrenca por se encaixar no molde”, disse Rice. “Você não
consegue vencer”.
Essa faca de dois gumes é
o motivo da campanha ter um apelo maior, falando sobre todos os
elementos da aparência de uma mulher: raça, idade, peso e outros
tantos. “Mulheres naturalmente magras ou mulheres que escolhem
malhar e ter corpos definidos ou mulheres mais velhas não estão
excluídas desta conversa. Elas têm seu próprio espaço”, afirmou
Rice.
A campanha usa
intencionalmente fotos de agências, o tipo de imagens usadas para
ilustrar muitas matérias de revistas femininas. “Nós queríamos
usar o que está aí”, disse Rice ao HuffPost. “Não há muitas
fotos de agência de mulheres negras comparadas às de mulheres
brancas. Não há muitas fotos ousadas de mulheres. Há incontáveis
fotos de mulheres em balanças tentando perder peso. Isso molda nossa
conversa”, disse.
Usar um monólogo
brutalmente honesto a uma imagem usada normalmente para vender coisas
- desde um produto até um estilo de vida ou romance - revela seus
verdadeiros custos. Recentemente, Rice espera que a campanha dê
lentes corretivas à forma como as mulheres recebem certas imagens.
“Nós olhamos para
revistas de beleza e fotografias de moda e, se teoricamente
acreditamos nelas ou não, vemos tantas delas e elas são colocadas
tanto em holofotes que algo dentro de nós diz ‘Isso é bonito’”,
disse Rice ao HuffPost. “Se vamos ou não acreditar nisso
intelectualmente, algo mais profundo se estabeleceu e nós nos
comparamos a isso”.
É impossível mudar a
cultura da beleza da noite para o dia. Mas, por enquanto, Rice espera
que as mulheres contem consigo mesmas em vez de serem vítimas de si
mesmas.
“Talvez na próxima vez
que você olhar para uma revista, você questione por uma fração de
segundo se isso vai entrar na sua cabeça de novo”, disse Rice.
“Nós queremos criar uma fração de segundo na qual você pensa
‘Espera um pouco. Eu realmente acredito nisso?’”
A campanha também conta
com áudios e vídeos, um concurso de poesia e blogs. Veja mais
imagens abaixo.
Psiu: A matéria é de autoria da Amanda Duberman do Huffigton Post e foi tirada do site Brasil Post, passa lá para conferir todos os anúncios.
PSIU: A foto é do site da campanha dá uma espiadinha: http://www.stopthebeautymadness.com/the-campaign-temp-stall/whats-wrong
PSIU: A foto é do site da campanha dá uma espiadinha: http://www.stopthebeautymadness.com/the-campaign-temp-stall/whats-wrong
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