sexta-feira, 11 de julho de 2014

Pare com a loucura da beleza: anúncios com mensagens brutalmente honestas

É uma coceira psicológica que as mais bem-sucedidas, esclarecidas e até mesmo belas mulheres ainda tendem a coçar: se minha aparência é melhor, eu sou melhor.
Agora, uma campanha está tentando convencer as mulheres a se livrarem dessa linha de pensamento. A “Stop The Beauty Madness” (“Pare com a loucura da beleza”, em traudução livre) quer que você “sinta um soco no estômago” ao olhar anúncios tão autenticamente francos, diz sua criadora, Robin Rice.


A campanha é uma série de 25 anúncios com mensagens honestas que sublinham a verdadeira loucura que é criar e cumprir padrões de beleza. Rice, autora e criadora das produções Be Who You Are (“Seja quem você é”, em tradução livre), começou a campanha para desafiar uma crença internalizada de que a beleza de uma mulher determina seu valor.
Em vez de adicionar tipos mais diversos de belezas femininas em uma já estreita definição de beleza, a Stop The Beauty Madness questiona antes de tudo o valor que colocamos na beleza. “Minha missão é dizer que, se as mulheres estão tão preocupadas com seu peso e sua aparência ao ponto em que elas não se impõem mais no mundo, então estamos perdendo alguns indivíduos realmente extraordinários e algumas conversas importantes que deveríamos estar tendo”, disse Rice ao HuffPost. “As mulheres precisam estar ajudando o mundo a ir para uma direção mais bonita - uma direção genuinamente bonita”.
Beleza, lembra Rice, pode ser meticulosamente conquistada ou completamente acidental. E, ainda assim, nós privilegiamos a “beleza sem esforços” sobre o verdadeiro esforço (e angústia) que requere alcançá-la, enquanto criticamos aquelas que por acaso são muito magras por sucumbir a padrões de beleza. “Mesmo se você se encaixar no molde, você se encrenca por se encaixar no molde”, disse Rice. “Você não consegue vencer”.
Essa faca de dois gumes é o motivo da campanha ter um apelo maior, falando sobre todos os elementos da aparência de uma mulher: raça, idade, peso e outros tantos. “Mulheres naturalmente magras ou mulheres que escolhem malhar e ter corpos definidos ou mulheres mais velhas não estão excluídas desta conversa. Elas têm seu próprio espaço”, afirmou Rice.
A campanha usa intencionalmente fotos de agências, o tipo de imagens usadas para ilustrar muitas matérias de revistas femininas. “Nós queríamos usar o que está aí”, disse Rice ao HuffPost. “Não há muitas fotos de agência de mulheres negras comparadas às de mulheres brancas. Não há muitas fotos ousadas de mulheres. Há incontáveis fotos de mulheres em balanças tentando perder peso. Isso molda nossa conversa”, disse.
Usar um monólogo brutalmente honesto a uma imagem usada normalmente para vender coisas - desde um produto até um estilo de vida ou romance - revela seus verdadeiros custos. Recentemente, Rice espera que a campanha dê lentes corretivas à forma como as mulheres recebem certas imagens.
“Nós olhamos para revistas de beleza e fotografias de moda e, se teoricamente acreditamos nelas ou não, vemos tantas delas e elas são colocadas tanto em holofotes que algo dentro de nós diz ‘Isso é bonito’”, disse Rice ao HuffPost. “Se vamos ou não acreditar nisso intelectualmente, algo mais profundo se estabeleceu e nós nos comparamos a isso”.
É impossível mudar a cultura da beleza da noite para o dia. Mas, por enquanto, Rice espera que as mulheres contem consigo mesmas em vez de serem vítimas de si mesmas.
“Talvez na próxima vez que você olhar para uma revista, você questione por uma fração de segundo se isso vai entrar na sua cabeça de novo”, disse Rice. “Nós queremos criar uma fração de segundo na qual você pensa ‘Espera um pouco. Eu realmente acredito nisso?’”
A campanha também conta com áudios e vídeos, um concurso de poesia e blogs. Veja mais imagens abaixo.

Psiu: A matéria é de autoria da Amanda Duberman do Huffigton Post e foi tirada do site Brasil Post, passa lá para conferir todos os anúncios.

PSIU: A foto é do site da campanha dá uma espiadinha: http://www.stopthebeautymadness.com/the-campaign-temp-stall/whats-wrong

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